Nos dois artigos do Blog (A transformação da minha vida – parte 1 e A transformação da minha vida – parte 2) contei-te o que tive de fazer para transformar a minha Vida e conseguir viver os meus sonhos.
Acima de tudo, este artigo é um resumo de todo o trabalho realizado até à concretização de um dos meus sonhos. Quero dizer-te também que foi desta forma que sucedeu comigo, mas contigo poderá ser de outra maneira, e está tudo certo.
Muito importante e primordial é que encontres alguém que te dê confiança para que tu possas falar abertamente dos teus problemas, emoções, sonhos, de forma a que te ajude neste caminho de descoberta pessoal.
Como sabes, eu encontrei uma pessoa que me permitiu falar de mim e descobrir-me de uma forma honesta e verdadeira, que também me deu força e esteve ao meu lado nos meus piores momentos. Também precisamos disso! Que alguém nos oiça sem julgamento, sem emitir opinião, apenas estar lá com a sua presença. Às vezes, mais do que palavras, nós precisamos de colo. Não para fazer as coisas por nós, claro, mas para estar apenas ali.
Quem poderá ser, perguntas-me tu? Pode ser um(a) terapeuta, psicoterapeuta, coach, psicólogo(a), quem tu achares que faz sentido para ti.
Outro aspeto muito importante que trabalhamos também, são os Valores. Descobrir quais são os valores é a componente mais importante de um ser humano. Perceber o que lhe é importante faz toda a diferença no seu dia-a-dia. Quem nunca ficou irritado com algo que se passou durante o dia? Isso aconteceu, porque os nossos valores foram tocados de alguma forma. Só que, na maioria das vezes, apercebes-te de uma forma inconsciente. Quando trazes para a consciência, tudo muda!
Saber os meus valores, e viver de acordo com eles, fez toda a diferença na minha vida.
Quero dizer-te também que os valores não são estanque, vão mudando ao longo da nossa vida, mas há sempre uma coerência entre eles.
E porque é que, muitas vezes, nos limitamos?
Porque acreditamos em algo! São as nossas Crenças! Cada crença acarreta com ela uma consequência, positiva ou negativa e, por isso, não há crenças certas ou erradas, mas sim, crenças potenciadoras e limitadoras. Formamos as crenças com base na nossa experiência: das nossas próprias experiências diretas, da modelagem da experiência dos outros ou da experiência indireta.
E, eu posso dizer-vos que tinha (e ainda tenho) várias crenças que me limitam. Imaginem ter um ordenado e um emprego seguro, para a incerteza de trabalhar por conta própria. Tive de mudar o meu mindset!
Mais uma vez, trazemos para a consciência, coisas e situações que nos estão a limitar e, começamos a pensar o que temos de fazer para dar a volta a esse pensamento limitativo.
Quem começa o seu trabalho de descoberta pessoal importa saber quais são as suas qualidades e “defeitos”.
Quando fiz este trabalho, tive muita dificuldade em ver aspetos positivos (qualidades) em mim, mas conseguia ver os negativos (“defeitos”). Depois quando tive consciência dos meus pontos positivos e até conseguia verbalizá-los, passei a “esconder” os aspetos negativos de mim, ou seja, não falava deles, porque simplesmente não gostava deles. Ninguém gosta, não é?
Mas, a alavancagem aqui é mesmo essa! Conhecer e verbalizar as tuas qualidades menos positivas e, principalmente, perceber quais são os triggers que te levam a acionar esses aspetos negativos de ti. Agora, também já as vejo como qualidades! Podes ler alguma das minhas qualidades positivas e negativas, aqui.
Depois de te analisares tão profundamente e de te sentires mais autêntica, mais íntegra e honesta contigo própria, começa a busca pelo que gostas efetivamente de fazer. Aquela coisa que te faz levantar da cama de manhã, sem esforço nenhum. A tua Paixão! Pois, falar é fácil, mas maioria das vezes, é difícil de percebermos o que nos move.
No meu caso, comecei a pensar em coisas que já não faziam sentido estar na minha vida, para voltar a preencher esse espaço com coisas que efetivamente gostava.
São as tais Metas Intermédias que são necessárias para percebermos o que gostamos, tal como, tirar um curso, assistir a palestras, ou seja, fazer coisas diferentes mas que te estão a encaminhar para o que tu desejas, a tua paixão.
Quando descobres a tua paixão, começas a delinear um Plano de Ação, ou vários. Eu fiz 3 hipóteses e, para cada uma delas, criei um plano de ação. A hipótese “A” concretizou-se, que foi sair de Lisboa e vir trabalhar para mais perto de casa e já ser treinadora de basquetebol. A hipótese “B” aconteceu 2 anos depois, porque a hipótese “A” já não me servia; precisava de mais tempo para o que queria fazer e, acima de tudo, queria colocá-la em prática.
Nada disto seria possível, se não tiveres um bom PEER Group, aquelas pessoas que te apoiam nas tuas novas opções de vida; que te ouvem naqueles momentos em que tudo parece correr mal ou quando nos sentimos sem rumo. Com quem te relacionas é extremamente importante para a tua descoberta pessoal, seja no início dessa descoberta, no meio ou no “fim”.
E, finalmente, a componente financeira também ajuda, claro!.
Quando trazemos para a consciência tudo o que está no inconsciente, tudo muda! Quando vivemos de forma automática, em que vamos ao sabor do vento, não damos atenção ao que é importante para nós.
É tão bom viver de forma consciente!
Espero que te tenha ajudado!